JULY WRAP UP | BOOKS, MOVIES & TV SERIES

Julho foi um mês bastante produtivo, agora que o observo em retrospectiva. A verdade é que, desde que saí da universidade e dei os primeiros passos no mundo do trabalho, descurei tudo o resto. Se antes lia livros à velocidade da luz e acompanhava mais de cinco séries ao mesmo tempo e ainda encontrava tempo e vontade para ver filmes, agora é bem mais difícil. Por isso, hoje venho falar um pouco com vocês sobre tudo aquilo que li ou vi este mês. Já tinha visto este tipo de conteúdo pelo Youtube e achei interessante escrever este post para vocês no mês que considero ser o mais produtivo desde que estou empregada. 


Fiz uma promessa a mim mesma de atacar com unhas e dentes (por assim dizer) a porção da minha estante em que organizo os livros que ainda não li antes de comprar mais livros. Não são muitos, de facto. São apenas 9. No entanto, a minha lista de livros que quero ler está a aumentar exponencialmente e sendo a leitura um dos meus hobbies favoritos sei que devo apressar-me se quero ler o máximo de livros possível. (Sim, é esse o meu grande objectivo.) O mesmo acontece com séries e filmes. Mas neste caso, acabei por não cumprir a promessa. Acompanho diversas booktubers estrangeiras e vou adicionando vários livros à lista de livros que quero ler. Pesquiso quase de imediato se o livro tem tradução em português, porque apesar de dominar a língua inglesa tenho sempre medo de não conseguir entender totalmente o livro. Assim, quando vi que já tinha saído a tradução em português do livro Little Fires Everywhere (em português: Pequenos Fogos em Todo o Lado), pela escritora Celeste Ng, eu não consegui *mesmo* resistir. Foi um livro que me cativou pelo feedback que obtive de outras pessoas e não pela sinopse. Este livro não me desiludiu de todo. Até cerca de metade do livro, este não me cativou totalmente, no entanto cativou-me o suficiente para querer ler o livro até ao fim. E foi um espanto a partir daí. A última metade do livro é fantástica, a história desenrola-se de uma forma muito interessante e a evolução das personagens é muito bem feita. É uma história que põe muitas coisas em perspectiva e que nos deixa a reflectir bastante tempo depois de o acabarmos de ler. Fala sobre vários assuntos importantes e engloba diversas perspectivas sobre o mesmo assunto. E apesar de o final me deixar a querer saber mais sobre o que acontece depois, não senti que é um final desadequado ou que me desagrade. É um livro com bastante mérito e que eu gostei bastante de ler. 

Avaliação: ★★★★




Este mês vi duas séries, The Handmaid's Tale e The Leftovers; mais concretamente, os episódios que foram lançados durante o mês de Julho da segunda temporada de The Handmaid's Tale e as duas primeiras temporadas de The Leftovers.
Em breve vai sair um post no blog sobre a segunda temporada de The Handmaid's Tale, mas em termos gerais a segunda temporada foi uma agradável surpresa. Infelizmente, a primeira temporada desiludiu-me um pouco em relação a todo o protagonismo que recebeu. No entanto, eu gostei bastante da série, simplesmente não me senti tão entusiasmada com a série como a maior parte das outras pessoas. Não achei que fosse, como muitos afirmaram, a melhor série de 2018 ou uma das melhores séries de sempre. Eu reconhecia o porquê de gostarem tanto, simplesmente a um nível pessoal não foi a série mais impressionante que vi. Esta segunda temporada compensou um pouco o que eu considerei fraco na primeira temporada. Continuo a achar que a Elizabeth Moss faz um bom papel enquanto June, mas não maravilhoso. Achei a performance da Yvonne Strahovski e da Ann Dowd bem melhores, pessoalmente. A história aprofundou-se e ganhou novos tons. A evolução das personagens também foi interessante. O que destaco mais nesta temporada foi a evolução da história, que me parecia muito estagnada na primeira temporada. A minha classificação para esta temporada foi ★★★★☆.
The Leftovers... Que série injustiçada! A premissa da série sempre foi muito cativante para mim, mas a forma como é executada é (arrisco-me a dizer) brilhante. A história inicia-se no dia 14 de Outubro de 2014, três anos depois da Partida. A Partida foi um acontecimento que marcou o Mundo. No dia 14 de Outubro de 2011, 2% da população mundial desaparece misteriosamente, o que representa cerca de 140 milhões de pessoas. Existem algumas teorias mas nenhuma explicação concreta do que aconteceu. Três anos depois, acompanhamos as pessoas que ficaram, as pessoas que procuram respostas, as pessoas cujas vidas mudaram drasticamente após este dia. Acompanhamos vários personagens que residem em Nova Iorque e a forma como estas lidaram com este acontecimento, que passados três anos ainda causa tantos tumultos a nível social. Sem querer revelar demasiado, na segunda temporada, alguns dos personagens a quem já nos afeiçoámos mudam-se para Miracle, uma cidade em que ninguém desapareceu. É incrível a ambiguidade que esta temporada acarreta e a quantidade de perspectivas diferentes que nos oferece sobre um acontecimento ao qual alguém dificilmente é indiferente. A segunda temporada é, sem dúvida, excepcional. É uma série que já está concluída e que possui três temporadas, eu de momento estou a ver a terceira temporada mas não consegui concluir a tempo deste post, que queria mesmo que saísse agora. No entanto, não se preocupem, prometo fazer um post totalmente dedicado a esta série assim que a concluir e bem mais aprofundado que esta pequena menção. A minha classificação para a primeira temporada foi ★★½. Para a segunda temporada foi ★★½. 


Eu e filmes temos tido uma relação de grande distanciamento nos últimos anos, infelizmente. Finalmente, voltei a fazer um esforço para ver filmes. Só este mês vi três, o que para mim seria impensável há uns meses atrás. Começo por vos falar de dois filmes em conjunto, visto que ambos foram produzidos pelo Studio Ghibli. Sempre tive muita curiosidade em ver filmes do Studio Ghibli, no entanto, nunca tive muita iniciativa para os ver. Um dos que me cativou assim que pesquisei mais sobre o Studio Ghibli foi A Viagem de Chihiro e não fiquei, de todo, desiludida. Os filmes do Studio Ghibli são filmes animados com uma mensagem apropriada para qualquer faixa etária. A Viagem de Chihiro conta a história de Chihiro, uma criança com 10 anos que se muda para uma nova cidade com os seus pais. A caminho da nova cidade, o pai de Chihiro fica curioso com um parque de diversões abandonado. Eles exploram o parque de diversões e acabam por se deparar com uma mesa repleta de comida. Quando anoitece e Chihiro se reencontra com os pais, estes transformaram-se em porcos e só ela os pode salvar. A viagem de Chihiro faz-nos reflectir sobre amizade, sobre família, sobre amor e sobre desenvolvimento pessoal. É um filme encantador, repleto de personagens ricos e uma história muito bem desenhada. O outro filme que vi do Studio Ghibli foi O Castelo Andante e esse foi, a par de A Viagem de Chihiro, um filme maravilhoso. São muito equiparáveis, no sentido em que são ambos bastante bons, na minha opinião. O Castelo Andante centra-se na história de Howl e Sophie e de como as suas vidas se cruzam. Howl vive num castelo andante e é cobiçado por grande parte do sexo feminino. Sophie é uma mulher de 18 anos que trabalha numa loja de chapéus e que leva uma vida pacata. Quando os caminhos dos dois se cruzam, Sophie é amaldiçoada e transforma-se numa pessoa idosa que não consegue contar aos outros o que lhe aconteceu. É uma história sobre adaptação, sobre resiliência, sobre amor, sobre luta e sobre coragem. A cinematografia é amorosa e cativante e a história desenrola-se de formas inesperadas. As personagens também são muito bem construídas. A classificação que dei aos dois filmes foi ★★★★☆. 
Por fim, e prometo não ser muito longa... O último filme que vi foi o Com Amor, Simon. É uma história sobre Simon, um rapaz homossexual de 17 anos que esconde a sua orientação sexual dos seus amigos e família. Simon desenvolve uma relação online com Blue (nome fictício). Eles trocam emails sem revelar a sua identidade um ao outro. Um dia Simon utiliza os computadores da biblioteca da sua escola para trocar emails com Blue e esquece-se da sua conta ligada. Esses emails vão parar às mãos das pessoas erradas e essas pessoas fazem chantagem com Simon, ameaçando tornar os emails públicos, na internet. É uma história com algumas reviravoltas e com um desfecho bonito. Nem todas as personagens são excelentes, na minha opinião, mas a maior parte delas são. É uma temática pesada mas abordada de uma forma que eu considero muito positiva, sem deixar de mostrar quão dura a realidade pode ser. Na minha opinião, é isso que eleva este filme, é o facto de carregar de esperança os corações das pessoas com medo das consequências de serem quem são. Ninguém deve ter medo de ser quem são e de se assumirem como são, acho que é isso a principal mensagem deste filme. Conseguiu surpreender-me pela positiva apesar de já ir com expectativas mais ou menos elevadas. 

Avaliação: ★★★★

E vocês, o que acharam dos livros, filmes e séries que mencionei? Se quiserem reviews mais detalhadas de qualquer coisa que mencionei ao longo do post, digam-me abaixo nos comentários e eu terei todo o gosto em fazê-lo! Como devem ter reparado, foi um mês bastante bom para mim a nível de séries, filmes e livros novos. Digam-me também abaixo nos comentários quais foram os filmes, séries e livros que vos cativaram recentemente! 

Com amor, 



4 comentários:

  1. Eu tenho andado tão desligada do mundo da leitura, tenho-me dado muito à preguiça nesse campo, mas é algo que quero mudar, até porque adoro ler.
    Este mês andei muito fraquinha no que toca a séries. Só vi The fall, não sei se conheces, com o Jamie Dornan. Não é uma série fenomenal, mas conquista e até nos prende ao ecrã :)
    Quero muito ver The Handmaid's Tale, pois anda muita gente a falar nela e despertou-me alguma curiosidade. E vou acrescentar The Leftovers à minha lista, porque me deixaste curiosa também.
    É no campo dos filmes que ando a dar tudo, Julho foi muito positivo e já vi uma boa mão cheia deles :p Resolvi começar a ver os filmes da Marvel, isto porque nunca fui muito de filmes de super heróis e não percebia toda a "loucura", continuam a não ser os meus favoritos de sempre, mas confesso que estou a gostar e me tenho surpreendido com as histórias e as personagens :)
    "Com Amor, Simon" quero muito ver!

    Eu gostava de ver as reviews mais detalhadas das séries :)
    Beijinhos

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    1. Mary :) Já tinha ouvido falar de The Fall acho mas nunca vi. Das séries vou fazer sim, porque queria deixar uma avaliação final de The Leftovers (que já está concluída) e queria falar de The Handmaid's Tale porque é uma série bastante boa.
      Dos filmes da Marvel, eu sou completamente inculta, infelizmente! De super heróis só vi filmes do Homem Aranha e nem vi todos e recentemente o Black Panther que gostei mesmo. Queria muito conhecer mais e ver mais porque sei que há uns que são muito bons mas não vi ainda mais. Um dia invisto nisso!
      Vê o Com Amor, Simon. É mesmo bom.

      Beijinhos :)

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    2. R: Por acaso têm-me surpreendido. Há um conjunto deles que tem de ser visto por ordem, visto que está tudo interligado e assim, por isso, se resolveres ver vê na net ou assim a ordem para ser muito mais fácil compreenderes a história :)

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    3. Obrigada pelo conselho Mary :)
      Beijinhos

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