REVIEW OF THE HANDMAID'S TALE (WITH SPOILERS)


The Handmaid's Tale é uma série dramática que acontece num futuro distópico. Estreou em 2017 a sua primeira temporada e recentemente, em 2018, a segunda temporada. Ganhou o Emmy de Melhor Série Dramática em 2017. É uma série extremamente aclamada pelo público e pelos críticos. Hoje, escrevo-vos um pouco sobre a minha opinião relativamente a esta série.
Na primeira temporada, é nos introduzido um futuro distópico em que a fertilidade está numa crise profunda. Por este motivo, uma facção religiosa extremista provoca uma profunda guerra civil nos Estados Unidos da América e acaba por implementar o regime autoritário da República de Gillead (antigos Estados Unidos da América). Em Gillead, as mulheres perdem o direito total à sua liberdade e independência. Independentemente do seu estatuto, não podem ler e não podem trabalhar, se não na função específica que lhes é atribuída. Perdem a sua família para que lhes seja designada uma nova família, em alguns casos.
O sexo masculino é considerado hierarquicamente superior ao sexo feminino. Dentro do sexo masculino, existe ainda uma hierarquia, sendo que no topo se encontram os Comandantes, depois destes os Anjos (exército do Regime) e abaixo os Olhos e os Guardiões. Os Comandantes são considerados homens de fé e têm cargos dentro do regime que governa a República de Gillead. Os Olhos são os espiões do regime e os Guardiões as forças policiais. A cada Comandante é atribuída uma Aia, que serve o único propósito de engravidar. Também ajuda um pouco com as tarefas domésticas, mas normalmente estas são da responsabilidade das Marthas, criadas inférteis, de etnias "inferiores". Existem ainda as Esposas (mulheres dos Comandantes) e as Tias, que educam as Aias e supervisionam a sua prestação nas casas dos Comandantes, após completarem o seu treino. As Não-Mulheres são enviadas para as colónias, onde enfrentam trabalhos bastante duros e onde, muitas vezes, acabam por morrer. 
A história é-nos contada pela perspectiva da Offred (anteriormente, June), a Aia atribuída ao Comandante Waterford, uma das principais figuras ligadas ao Regime. A primeira temporada a nível de enredo, é na minha opinião, pobre. A história desenrola-se a um ritmo muito lento e não evolui muito, na minha opinião. O que me cativou na primeira temporada foi sem dúvida a premissa da série, que nos choca e nos faz reflectir bastante. A generalidade do público destaca muito a actuação de Elizabeth Moss e eu concordo que ela é fantástica a nível de expressões faciais, de linguagem corporal, sem dúvida que está incrível a desempenhar o papel de Offred. No entanto, é com a personagem em si que eu tenho problemas. A personagem simplesmente não me desperta interesse suficiente e visto que a história é muito centrada na sua personagem eu tive algumas dificuldades em adorar a primeira temporada. Ainda assim, achei uma série boa e fora do comum. A cinematografia é incrível e a maior parte dos personagens é interessante. 
Nesta segunda temporada, a história progrediu bastante mais. Teve um episódio que, na minha opinião, foi o mais fraco da série, que foi o episódio 11 da segunda temporada, intitulado Holly. Eu sinto que foi, mais uma vez, a história a arrastar-se e que foi completamente desnecessário. No entanto, nesta temporada, o enredo intensificou-se, a evolução das personagens foi muito bem feita e pudemos assistir ao que existe fora de Gillead. Esta segunda temporada foi, na minha opinião, bem melhor que a primeira. Quero destacar alguns personagens novos que nos foram introduzidos esta temporada, como a Eden e o Comandante Lawrence, que tiveram um papel importante na mensagem que a série passa. Destaco ainda as actuações de Yvonne Strahovski e de Ann Dowd (Serena e Tia Lídia, respectivamente). Pessoalmente, considero-as as melhores atrizes em The Handmaid's Tale. (Spoilers começam abaixo!) 
Os momentos mais marcantes desta temporada para mim foram a morte da Eden, que foi sem dúvida a morte mais chocante da série até então, a morte do casal que acolheu June na sua casa quando esta escapou, o reencontro de Hannah e June, o encontro do Comandante Waterford com Moira, o momento em que a Serena deixa a June ir com a Holly e o momento em que a June não entra no carro, no episódio final da temporada. Nesta temporada, cada personagem ganhou mais camadas e mais interesse, especialmente a Moira, a June, a Emily e a Serena. 
No geral, a avaliação que dou à série é de ★★★★☆. 

2 comentários:

  1. Esta série tem-me deixado mesmo muito curiosa. Depois da tua review mais fiquei.
    Parece-me que é uma série que aborda um tema que choca, um tema que ainda gera (muito) as suas controvérsias, que é a suposta superioridade dos homens face às mulheres.
    Assim que tenha um tempinho vou vê-la :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Temos gostos parecidos, acho ahah.
      Espero que gostes Mary, beijinhos :)

      Eliminar